sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Masturbação II

buxxer01
A masturbação é um tema tão complexo que rendeu a semana inteira. Foi a primeira vez que após a coluna sair os comentários se seguiram a semana inteira, e simplesmente não consegui escrever sobre nenhum outro tema a não ser me manter no mesmo. As perguntas foram muitas e as dúvidas também, precisei de ajuda e de pesquisa. O tema é vasto minha gente.
O tema foi tão rico que na quarta-feira enquanto trabalhava, recebi uma mensagem de um sex shop da cidade, elogiando a coluna e dizendo que estava convidada para conhecer a loja. Fui visita-los e de novo não pude deixar de falar do tema. Masturbação. Conversamos e quando percebi estava rodeada de consolos, vibradores e o famoso coelho sorridente.
As mulheres se masturbam, e muito!! Mais do que você possa imaginar. As opções são tantas que a gente se perde. É tudo muito engraçado, espontâneo e divertido. Mas as mulheres não tem frequentado tanto assim a loja, se queixou o dono. Uma amiga na quinta-feira me disse “Ah não vale, ter parceria com sex shop para coluna, eu tô solteira!”. Prontamente respondi, – Mas é por estar solteira que você precisa frequentar a sex shop gata. Quem disse que não podemos nos divertir sozinhas?

Sim, precisamos falar sobre sexo, sim precisamos falar sobre orgasmos, sim precisamos parar de ter medo de dizer – “Yes, a gente goza”. Como a gente fala pouco de sexo, e faz muito sexo (sim cada vez mais vezes e mais cedo), cada vez mais o sexo fica ruim e a gente sente menos prazer. Fácil né? É matemática, não dá pra ter prazer se você não sabe onde sente prazer. Como vai dizer ao seu parceiro que sente prazer aqui ou acolá se você não sabe nem onde fica o seu clitóris?
“Não consigo me masturbar, parece que a minha mãe está me olhando”, disse uma das meninas sem menor cerimônia. Mas caramba, o que a mãe dela tem a ver com o prazer que ela sente? Bem, de certa forma muito, se a mãe tem recalques, possivelmente a filha ou filhos também. O papel de pai e mãe no quesito “liberdade sexual” é muito importante. Mas esse, é um tema para outra coluna em outro momento.
Se você nunca teve um vibrador ou nunca se masturbou é hora de começar. Prefira os modelos menores e menos agressivos, procure um momento só seu. E principalmente, forme um grupo de amigas e vá ao sex shop, ficou com medo, me chama que eu vou junto com você. Aliás estou pensando seriamente em montar um grupo para visitas guiadas ao sex shop. Que isso gente, sex shop não morde e o capeta não está lá pra te mandar pro inferno. Se é chato ir sozinha, vamos juntas. São tantos, as opções estão ao alcance de sua mão.
Entre os produtos que você pode experimentar estão bullets, plugs anais, vibradores, estimuladores clitorianos, anéis penianos, vibradores em u, ponto g, e aqueles mega realísticos que podem até te fazer confundir alhos com bugalhos. E sim, os vibradores são para serem utilizados com o parceiro também, por que não? Muitas mulheres tem o sonho de serem as comandantes na hora do sexo, e não precisa ser somente usando aqueles famoso cinto, se é que você me entende.
Aliás, quem disse que pra ter prazer sexual precisa ser pervertida, puta, agnóstica ou ateia? Sexo é bom e todo mundo gosta. Uma amiga reclamou muito do fato de acharem que as evangélicas são retrógradas e não sabem gozar. “É mentira, ter ou não prazer não tem nada a ver com a fé e sim em como você se relaciona consigo mesma. Alguns pastores inclusive tem falado muito sobre o tema e tem ajudado principalmente para as mais jovens”. Sexo tem a ver com conhecimento e auto-estima.
Um amigo pulou no meio e disse, “Namorei três evangélicas, e elas sabiam muito. Fogo puro”, eu ri alto. Foi a primeira vez que um homem deu uma opinião sobre o assunto. Até agora apenas as meninas haviam se posicionado sobre o tema. Aliás tenho recebido muitas mensagens dizendo que seguem a coluna e que sentiam falta disso em Búzios. Eu estranho, talvez porque pra mim seja um assunto tão natural. Mas já disse no primeiro artigo, senti medo. Mas agora passou.
Quando cheguei no sex shop hoje a primeira coisa que me chamou a atenção foi o fato do dono da loja me dizer que me achou corajosa por falar do assunto em Búzios. Foi a primeira vez que pensei sobre o assunto, em como a coluna poderia estar me expondo, e rapidamente me veio a mente que nunca em nenhum momento pensei no lado negativo de falar de sexo. Porque não consigo ver nenhum lado negativo sobre isso. “Quanto mais pessoas falando sobre sexo, melhor”, disse ele. Eu concordo, e você?
Talvez esteja na hora de tirarmos do sexo esse semblante carregado e dar a ele a leveza que lhe pertence. Todo mundo, ou quase todo mundo faz. Por que não falar sobre isso? Até a próxima. E não esqueçam, gozar é preciso!
Na próxima semana vamos falar sobre um tema que poucas mulheres conhecem mas que auxilia em diversas situações que você nem imagina, o Pompoarismo.
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